"Roubar idéias de uma pessoa é plágio... Roubar de várias, é Monografia"

Me deparei com a frase que dá título a esta postagem há pouco e me recordei de uma conversa que tive com uma amiga há algumas semanas, enquanto íamos para a faculdade. Quando iniciamos o curso de História temíamos a monografia porque, em parte, nos julgávamos incapazes de desenvolver uma pesquisa relevante e que contribuísse para futuros estudos históricos. Com o passar do tempo algumas de nossas concepções foram se modificando, outras se consolidando e eis que temos um objeto de pesquisa em mente.
Então nos deparamos, ainda na elaboração do projeto de pesquisa, que há limites às nossas pesquisas. Podemos falar sobre grande gama de assuntos e utilizarmos diferentes metodologias de pesquisa, mas é preciso que já existam fontes anteriores sobre o objeto que nos propomos a analisar. Descobrimos uma linha tênue entre o plágio e as citações.
A orientadora dessa minha amiga disse-lhe que a monografia não é o momento de apresentar novas idéias. Nos perguntávamos, diante disso, para que, afinal de contas, serve uma monografia? Reproduzir o que já foi dito pode não nos capacitar a seguir na carreira acadêmica. por outro lado, se não nos utilizarmos das fontes disponíveis corremos o risco de produzir um discurso esvaziado da cientificidade que se pretende atingir.
O futuro, talvez, nos dê respostas...

Maldita sinusite!!!

Passei o fim-de-semana de molho.
Perdi o Conselho de Classe que foi no sábado ( a Inspeção vai pegar no meu pé por causa disso).
Não apliquei a avaliação que estava marcada para minha turma de 4ª Série na segunda-feira ( fiquei enrolada).
Faltei aulas importantes na faculdade (se já estava difícil entender a Historiografia Marxista Britânica antes, agora então...dancei...).
Mas a febre e a dor de cabeça passarão logo. Ficarei bem, até a próxima crise.

Pausa para a sentimentalidade

Hoje passei o dia pensando em música, literalmente. Não em qualquer música, mas nas músicas do Chico Buarque. A minha pesquisa vai ficando, gradativamente, mais minuciosa. Ainda não tenho completa ciência de onde chegarei com ela, mas vou em frente nesse que talvez seja o trabalho mais prazeroso e mais importante que terei que fazer nos próximos meses.
Sempre dei preferência às músicas que me fazem refletir sobre algo e as músicas do Chico me fazem lembrar e pensar em muitas coisas. Por isso hoje estou psico-docemente sentimental...

Retrato em branco e preto (1968)

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

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