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sábado, 14 de junho de 2008

A poesia intimista de Chico


A decisão de fazer uma monografia que tem como foco as músicas nacionais dos anos 60 e 70 me fez ouvir alguns compositores com mais intensidade que antes. E Chico Buarque acabou se tornando obrigatório!
Estava agora mesmo ouvindo Valsinha composta por Chico Buarque e Vinícius de Morais e me senti emocionada. Quanta simplicidade e beleza! Quanta coisa que mexe profundamente comigo!

Valsinha

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

5 comentários:

  1. Chico Buarque é realmente o kra! Eu adoro as musicas de protesto dele!

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  2. Chico Buarque! que bom! Antes você só ouvia coisas catastróficas como Leandro e Leonardo. Viva Chico e os beijos com boca de café!

    bjs

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  3. Conheci teu blogue assim, que nem quando o mundo parou para ver o cometa Halley.

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  4. Ah, e, desde então, já gostei a perder de vista.

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  5. Muito interessante seu tema! Sou um garimpeiro de música brasileira dos anos 60/70. No que puder ajudar, conte comigo.


    meu http://descobriapolvora.opatifundio.com

    Abraços

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